terça-feira, 22 de novembro de 2011

Exposição na Galeria Eduardo Fernandes - da Pele à Carne - From Skin to Flesh


Arquitetura para todos ou Arquitetura como nós?
E se a Arquitetura pudesse incorporar  a inteligência que rege o comportamento dos corpos e a eficiência dos sistemas vivos? E a criatura que vive entre metades,  entre o fabricado e o inato?
E se a arquitetura fosse uma Criatura?
Bem, certamente  haveriam vários tipos de comportamentos, haveriam interações com extensões de  contexto e com a ecologia. Para ser uma criatura não poderia ser fácil. Imagine ser único, de um gênero, sem amigos. Resgatando Frankenstein e sua criatura:

‘We are unfashioned creatures, but half made up, if one wiser, better, dearer than ourselves…’

Para ser uma Criatura, se deduz que haveriam trocas com organismos naturais. Se nossa Criatura arquitetônica reagisse a um ambiente como São Paulo certamente suas peles teriam de aprender não apenas a misturar, mas também a inflamar e viver a patologia da cidade. From Skin to Flesh, é experimentação arquitetônica, pele inflamada, processos antissépticos, cortes urbanos, evacuação flúida e vazio. É feito da investigação crua, materiais que propôem como um corte aberto deixando-nos ver o interior dos orgãos. Talvez não seja a arquitetura para todos, mas certamente a arquitetura como nós, misturada e viva.



From Skin to Flesh vem à vida como um zombi vivo depois de uma curta floração na costa urbana. Idade, status de relacionamento e endereço residencial estão todos na conta do facebook. Criatura nascida de pais arquitetos, ele suportou a novidade de ser um híbrido entre proto-arquitetura e febre tropical. É a vida divertida do experimento, da interatividade e ás vezes da participação. Outra criatura única, Frankenstein, homenageia From Skin:


‘We are unfashioned creatures, but half made up, if one wiser, better, dearer than ourselves…’

Uma vez  inacabado o negócio do processo de pura criação de um cientistista urbano lunático reagiu ao florescimento da poluição diária e cacofonia da cidade de São Paulo. A pele ao  apodrecer será a melhor façanha. Certamente mudou. Não é arquitetura, mas metade da raça que ele abraçou, suja e da carícia diária das aventuras urbanas e suor tropical. Apodrecendo a carne, ele deu a sua pele uma construção inacabada um casaco novo e exclusivo. A laje de concreto também prestou homenagem a ele: From Skin foi invenenado ao sucumbir à sua necessidade de interagir . Acho que sendo um zumbi, que vive entre o fabricado e o inato, é uma qualidade arquitetônica nos dias de hoje. Deus sabe porque.

 From Skin to Flesh é deixado pelos seus macumbeiros Triptyque, Vazio and Spacegroup.

Arranjos por cortesia  pela Galeria Eduardo Fernandes. É uma familia que pede interação e notas são enviadas para “Está vivo”! Charity LTD  






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